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Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é...

Ontem, esmagada entre as inúmeras mulheres no vagão feminino do metrô, impossível foi não olhar a mensagem que com dificuldade a moça escrevia ao idiota. “toda a vez que vc quer um tempo, para fazer Deus sabe o que, vc começa com esses papos de que estar insatisfeito. Depois volta como se nada tivesse acontecido”. Certas lembranças deixam cicatrizes, fui tratada desta mesma forma durante vários anos. Passei por tudo isso. Terminar próximo ao verão e voltar no inverno, fazer pouco caso do seu corpo porque desejava namorar uma modelete, ajudar financeiramente para quando depois quando se estabeleceu te deu um pé na bunda, o cara estar interessado em outra mulher e me humilhar e depois dizer que só fez isso por causa do meu gênio, humilhar em público porque não é o perfil que desejava. Eu era "menina" na época, achava que fazia parte passar por dificuldades na relação e que um dia a pessoa iria mudar. Índole não se muda, aprendi. Aprendi e conquistei fortaleza. Fortaleza se conquista, por uma questão de sobrevivência. E, assim como na selva, aquele que já escapou de uma caçada tem lá suas cicatrizes, e aprendeu que muitas vezes o ataque é a melhor defesa. Hoje, quem me olha só, só vê a solidão. Ledo engano, não sou subserviente a quem não está disposto a me amar de verdade e com respeito. Seria muito bom dizer a estas meninas que não precisam passar por isso, porque todas nós temos direito a pessoas maravilhosas, e ficar só não mata ninguém. Falta de amor próprio, sim. Mata um pouco do brilho da nossa alma todos os dias.
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