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Então, foi assim. Acabou. Findou. Partiu. Quebrou.
Vou chorar dois baldes por dia ou quem sabe três.Ter memória de monte e amor demais. Andar até os pés doerem para poder ver se da alma sai a saudade. Futuro promissor que poderia ter sido se não fosse o que foi.Trocam-se os status, apagam-se as fotos, deletam-se os e-mails e torpedos. Perdeu-se o caminho onde ia toda a identidade que construimos.
A Ruiva faz adversário dia 15. 36 anos. Como passou depressa. Estou meio deprê.
Eu adoro Clarice Lispector. De tanto que gosto que esse será o nome de minha filhota chegará daqui a quatro anos.
Eu sou um ser saudoso, sempre fui. Sempre tive saudade de algo inexplicável e também muita saudade corriqueira. Saudade dos planos, saudade do raio de sol que batia na minha janela, saudade das frutinhas cortadas dos meu avô, saudade de quando se sentia frio do inverno, saudade de correr nas dunas na praia, saudade dos planos que fiz quando estava apaixonada, saudade de ser pequena e ainda caber no colo do meu pai, saudade do tempo que era só estudante, saudade de viagens, saudade de ser inteira e não pela metade, mas eu não sei definir tão bem a falta que absurda que corrói as entranhas quando deixamos o ser amado.
"Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco : quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida."
Então, nada melhor que a minha musa inspiradora para definir o que sinto.